Paixão no trabalho acaba sendo subjetivo quando as pessoas não param para refletir sobre os seus propósitos pessoais.
Neste texto será possível entender que pessoas sem paixão no trabalho tornam-se escravos das suas próprias escolhas de simplesmente fazer o que não gostam.
Há duas semanas atrás, estava eu junto com a minha filha em um hipermercado e enquanto passávamos pelo caixa percebi que a operadora estava com a “cara fechada”, ela literalmente jogava as minhas compras durante o registro, e no final só resmungou: é débito ou crédito?
Ao sair dali a minha filha disse: Viu só pai, eu acho que ela não está feliz de trabalhar ali!
Eu imediatamente respondi: Filha, não importa o que faça, saiba que quando começar a trabalhar lembre-se que estar lá foi escolha sua, e deverá agir com brilho nos olhos honrando aquilo que você mesmo escolheu.
Ainda hoje ao entrar em uma grande loja de armarinhos do meu bairro, presenciei duas meninas fazendo críticas abertamente sobre horas extras, trabalhar nos finais de semana e diferenças salariais, inclusive uma delas de maneira bastante exaltada se mostrava insatisfeita com sua própria escolha.
Portanto, para a maioria das pessoas o sentido do trabalho está apenas na garantia do emprego, no quanto irá receber, se terá ou não que trabalhar nos finais de semanas, e infelizmente tudo isso acaba trazendo emoções e sentimentos negativo.
O livro Paixão e Significado da Marca do especialista em branding Arthur Bender, traz uma reflexão no qual acredito ser uma das mais importantes que se você não encontrar sentido no que você faz, você não se encontra. E se você não se encontra dificilmente se reconhecerá no seu atual trabalho.
Mas é importante frisar que se você tem uma equipe não basta querer o melhor das pessoas se você não fizer o melhor por elas, lembrando que as grandes massas de trabalhadores precisam de mentores que saibam orientar o que devem fazer para encontrar sentido e paixão no trabalho.
Todavia, se você é líder ou gestor sugiro que reflita nos dois pontos a seguir:
Primeiramente, no processo seletivo sugiro que você não busque profissionais apenas pelas competências técnicas, mas sim, procure entender se aquela vaga faz sentido para a pessoa que você está selecionando, além disso cuidado, pois muitas das vezes a busca pela conquista imediata da vaga e necessidade financeira fará ele dizer que esse será o trabalho dos sonhos.
Sugiro não deixar de fora aquelas pessoas que genuinamente sonham em trabalhar na sua organização.
Procure entender se a cultura que você está pregando condiz com aquilo que as pessoas enxergam. Lembrando que o significado de uma empresa não se resume as palavras bonitas da missão, visão e valores escritos nas paredes, mas sim, o verdadeiro sentido que tudo aquilo está fazendo para as pessoas envolvidas com o lugar.
Se você é líder ou gestor sugiro que leia o meu artigo Cultura Organizacional é a alma do negócio onde apresento quatro princípios fundamentais que todo líder precisa saber para ajudar na transformação da cultura.
Em conclusão do texto emito uma alerta onde, é bastante comum alguém chegar apaixonado em uma empresa e sair com suas expectativas não atendidas, e isso eventualmente acontece quando o líder não se faz presente o quanto deveria.
Lembrando que o papel do líder é cuidar das pessoas.
E aqui vai uma última pergunta:
Como as lideranças da sua empresa estão sendo julgadas nos bastidores?
Rodrigo Lisboa
Palestrante